Região protesta contra estupro de adolescente em Jacarezinho

Programada manifestação na manhã de domingo

No próximo domingo, dia nove, às dez horas a partir dos Correios (avenida Getúlio Vargas) haverá em Jacarezinho uma manifestação pacífica, a qual tem como objetivo repudiar qualquer ação de violência contra a mulher, e sobretudo trazer à tona a denúncia do estupro que uma menor jacarezinhense, de 17 anos, foi vítima na noite do último domingo, dia dois.

Apesar de nesta terça-feira já ter acontecido um protesto em frente da casa e do comércio do pretenso acusado do crime (foto acima), no final de semana será mais organizado e contará com um número maior de manifestantes, incluindo a família da menina, que teria sido violentada por um homem de 53 anos após ser dopada com uma bebida durante uma festa. Segundo a família, a moça foi submetida a um exame na Santa Casa de Jacarezinho e restou constatado que havia lesões.

A manifestação a pé passou pela avenida Manoel Ribas, parou em frente do prédio da 12ª Subdivisão Policial com cartazes, gritando palavras de ordem exigindo punição severa ao homem, e terminou no local onde trabalhava o criminoso, onde colaram cartazes de conscientização (mas foram retirados por pessoas não identificadas depois).

Já a passeata que ainda acontecerá no domingo terá cunho informativo, trazendo estatísticas acerca do estupro e mostrando como o crime continua sendo frequente em todo o Brasil.

“Precisamos, neste momento, trazer a discussão para Jacarezinho, aliada a um movimento local de ‘basta!’. Os nomes não estão sendo divulgados em respeito à lei e à família; fazemos tudo pensando com muita calma e respeito, afinal, todos os ânimos estão sensíveis por conta da grave violência sofrida por uma pessoa querida na cidade”, assinala texto atribuído à ONG (Organização Não Governamental) Núbia Rafaela Nogueira, que tem ajudado no ato.

Por isso, de acordo com a organização, todos estão convidados para a passeata. Foi orientado também que os interessados levem cartazes, o intuito é tê-los como um método educativo. Além disso, acordou-se, no grupo recém-criado, que todos deverão participar vestindo shorts, camiseta preta e bandana, se possível. A roupa foi escolhida como um recurso simbólico, dado que muitas vezes o estupro é justificado pela roupa da vítima.

De acordo com a Polícia Militar, a garota informou que estava na festa, numa chácara localizada no Jardim Afonso, disse que tomou apenas uma cerveja e logo em seguida começou a passar mal e foi até o banheiro, local em que foi socorrida por duas amiga. Afirmou que depois disso não se lembra de mais nada, até o momento em que acordou quando uma luz foi acesa e percebeu que estava na casa do indivíduo suspeito da violência sexual, residência  localizada na Rua Padre Mello.

Estava nua e o acusado sobre ela. Em seguida, ainda segundo depoimento da menina, o indivíduo foi ao banheiro, e ela vestiu suas roupas e fugiu até uma pizzaria, nas proximidades, para pedir socorro, local em que foi atendida pela PM. Minutos depois, o elemento foi preso. Alegou que teria percebido quando “passou mal” e a levou para casa para cuidar da adolescente.

Em Santo Antônio da Platina, também houve manifestação na tarde desta quarta-feira, dia cinco, no centro da cidade, em frente ao Banco do Brasil (fotos abaixo).

 

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