Agosto Dourado: Enfermeira de Japira/Jaboti dá dicas de amamentação

Momento de promover, proteger e apoiar aleitamento materno

Neste mês de agosto, os serviços de saúde se pintam de dourado para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. A cor é inspirada no fato do leite materno ser considerado o alimento padrão ouro, ou seja, nada se compara a ele em nutrientes e benefícios para a saúde da criança, da mãe e de toda a sociedade.

Franciane Maria da Silva Curan (fotos) é enfermeira no Centro de Saúde Dr. César Augusto Luiggi de Oliveira, da prefeitura de Japira e reside em Jaboti. Ela é consultora da área e prestou algumas informações a pedido do npdiario.
Também é doutoranda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Consultora em Aleitamento Materno.

“A orientação da Organização Mundial da Saúde é que as crianças sejam amamentadas até dois anos ou mais, sendo o leite materno oferecido exclusivamente até o sexto mês de vida”, afirma, adicionando: “O leite materno além de alimentar e nutrir , é o maior responsável pelo aumento do vínculo entre mãe e filho, isoladamente é a estratégia que mais reduz a mortalidade infantil em todo o mundo, ajudando no desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança”, assinala.

A criança que amamenta fica protegida de diversas infecções, tem maior crescimento e desenvolvimento, menos chances de adquirir doenças respiratórias, auditivas, gastrintestinais e fonoaudiológicas. Além disso, já está comprovado que bebês que mamam no peito são mais inteligentes,

A amamentação também traz benefícios para a saúde da mãe, pois acelera a recuperação pós-parto, reduz os riscos do surgimento do câncer de mama e ovário, reduz o risco da mãe desenvolver diabetes tipo 2, protege a mãe da depressão pós-parto, além de evitar uma nova gravidez, “Isso sem falar da satisfação da mulher em poder nutrir seu filho”, lembra Franciane.

Incentivo e apoio as mulheres que amamentam

As mulheres que amamentam precisam de muita ajuda nesse momento, pois amamentar gera muita dúvida e incertezas. Questionamentos como: “Será que meu leite é suficiente?”; “Será que meu bebê está com fome?”; “Até quando vou sentir essa dor?”; são muito comuns, sendo que, se não forem sanados em tempo oportuno, a mulher poderá caminhar rapidamente para o desmame precoce. Por isso, a presença do pai, companheiro e avós, ou alguém de confiança da mãe, se fazem muito importante nesse momento. A rede de apoio é considerada fundamental para a proteção da amamentação, pois ter em quem confiar deixa a mulher muito mais segura e empoderada na sua capacidade de produzir leite e nutrir a criança

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Assistência de qualidade durante a amamentação

A Consultoria de Amamentação vem para ajudar as mães a passarem pelos momentos difíceis da amamentação com assistência de qualidade, embasada em conhecimentos científicos.

Franciane Curan é Mestre em Enfermagem tem vasto conhecimento em manejo clínico da amamentação e atende mães de todo o Norte Pioneiro.

A consultoria é realizada a domicilio, visando maior conforto a mulher no período pós-parto. E como os desafios da amamentação não se resumem apenas no início da amamentação, a necessidade da ampliação do atendimento fez com que a consultoria crescesse. Hoje, a enfermeira faz os seguintes atendimentos:

  • Preparo para a amamentação no período gestacional;
  • Consultoria de amamentação na Golden Hour (pausada devido a pandemia);
  • Consultoria de amamentação na primeira semana de vida do bebê;
  • Consultoria de amamentação no manejo clínico para tratamento de diversas intercorrências (mastite, obstrução de ductos, candidíase, dificuldades na pega correta, retirada de bicos de silicone, fenômeno de Raynaud, dentre outros);
  • Laserterapia para tratamento e cicatrização das fissuras mamilares;
  • Consultoria de amamentação para o retorno ao trabalho;
  • Desmame gradual e afetivo;
  • Colocação do primeiro brinquinho (ponto neutro de auriculoterapia).

Amamentar é a maior prova de doação que uma mãe pode oferecer ao seu filho e a consultoria de amamentação é o melhor caminho para conseguir uma amamentação eficaz. A busca por estratégias, são pautadas em conhecimentos científicos nacionais e internacionais, com olhar sistêmico e individualizado para cada família atendida

“Eu, infelizmente, por falta de assistência de qualidade, não consegui amamentar minha filha. Mas isso me incentivou a estudar e a buscar o conhecimento necessário para poder ajudar outras mulheres a oferecer o alimento padrão ouro aos seus filhos”, observa a profissional.

Fotos: Edmar Junior e Tony Ribeiro

Se você está com dificuldades na amamentação, não hesite em pedir ajuda. Amamentar tem que ser prazeroso, para a mãe e para o bebê.

Enfermeira Mestre Franciane Maria da Silva Curan.
Contato: (43) 99843-9250.

As dificuldades, principalmente no início da vida do bebê, não são poucas. E, não raro, várias mães desistem de amamentar por falta de apoio e de informação. No Brasil, o tempo médio de amamentação exclusiva, ou seja, quando o leite materno é o único alimento oferecido ao bebê, é de 54 dias, sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) é de seis meses.Felizmente, os problemas na amamentação não são inéditos e a experiência de outras mães pode ajudar – e muito – a passar por todos os perrengues.

Alguns percalços mais comuns da amamentação abaixo:

Dor

Amamentar pode doer, sim. E por vários motivos, que vão dos bicos rachados aos seios muito cheio. O ingurgitamento mamário, que é o acúmulo de leite nas mamas, acontece, normalmente, na época da apojadura – que é a descida do leite-  pode até evoluir para uma mastite. A pega adequada é o segredo do sucesso.

Para a pega correta, o ideal é que o bebê tenha a boca bem aberta e que o mamilo seja direcionado em direção ao céu da boca dele. A criança deve ser incentivada a pegar mais a parte de baixo da aréola do que a de cima. Isso, associado a um bom fluxo de leite, proporciona  que o bebê faça sucções efetivas, ou seja, que ele consiga retirar uma quantidade de leite adequada.

A mamada também se torna mais confortável. O bebê abocanhar apenas o bico do seio é outra causa de sofrimento comum. Quando ele não pega a aréola corretamente a mãe pode sentir dor nos mamilos. Ao mesmo tempo, se ele não consegue sugar bem, vai permanecer sugando por um longo período, agravando a dor.Os desconfortos intensos ocorrem principalmente durante as primeiras semanas, quando os seios ainda estão se adaptando à amamentação.

A única orientação segura é tentar expor os mamilos ao sol quando der e buscar saber mais sobre pega correta, melhores posturas e livre demanda, alerta. A melhor maneira é procurar informações de qualidade e contar com o acompanhamento de profissionais que possam conduzi-la durante todo esse processo, como um consultor de amamentação ou especialista em aleitamento materno. Buscar grupos de apoio e cursos no período gestacional também são estratégias importantes para uma amamentação consciente e tranquila.

Mas, e quando os seios estão rachados e doloridos, o que fazer? A principal atitude quando as mamas ficam feridas é avaliar o motivo que levou isso a acontecer e ajustar a pega o mais rápido possível. Pomadas são contra indicadas de maneira geral pois seu uso pode levar a obstrução de ductos e sensibilidade maior na região do complexo mamilo areolar. Atualmente se utiliza o laser de baixa potência para otimizar o processo cicatricial. É uma ferramenta nova, mas promissora, e com evidências científicas que apontam seu benefícios.

Mamas muito cheias, ingurgitadas, também causam dor e prejudicam a pega do bebê, podendo levar ao aparecimento das fissuras. É importante que a mãe esteja atenta no momento das mamadas. Caso as mamas estejam muito cheias, ela deverá realizar o que se chama ordenha de alívio. A mãe massageia as mamas e retira um pouco do leite, de maneira que elas continuem cheias, porém mais macias. Isso permitirá que a pega seja de maneira correta, com consequente eficiência na mamada, sem dor e com esvaziamento adequado dos seios.

Pouco leite

A sensação de pouco leite é a principal causa de desmame precoce no mundo. Muitas mulheres ouvem que devem ter pouco leite ou que o leite é fraco, quando o bebê não para de chorar.

 Há algumas situações específicas em que a produção insuficiente de leite pode acontecer, como, por exemplo, a  hipoplasia mamária, que é uma condição anatômica, vinda de uma malformação congênita em que a mama não conseguiu se desenvolver adequadamente ou a cirurgia de mamoplastia redutora, quando há remoção de tecido mamário, que impacta diretamente na capacidade de produção de leite.  No entanto, não existe leite fraco. O que pode acontecer é um desequilíbrio causado quando o bebê não suga adequadamente ou quando a livre demanda não é respeitada, ou seja, quando se impõem restrições de horários para as mamadas, ou mesmo quando há o uso de bicos artificiais – chupetas, mamadeiras, bicos intermediários. Isso também pode acontecer quando a pega não está sendo efetiva, o que influencia na retirada de leite pela sucção do bebê – que é o “comando” direto para que o organismo materno produza o leite, de acordo com a demanda.

Por isso, o uso de bicos artificiais para bebês que estão em aleitamento materno exclusivo não é indicado. A dica é respeitar a livre demanda e ficar em posições confortáveis, assegurando-se de que o bebê também esteja em uma posição que possibilite uma pega adequada, com sucção efetiva, ou seja, com a boca bem aberta, mamilo direcionado ao céu da boca, as mãos da mãe apoiando a mama longe da região da aréola para que não fique disponível apenas o bico para o bebê. É importante observar também se o bebê está realmente fazendo movimentos de deglutição. Além disso, o descanso materno é fundamental para a regulação e atuação dos hormônios envolvidos na amamentação.

A sugestão da especialista é que mãe e bebê tenham sossego e privacidade para se conhecerem e aprenderem juntos sobre a amamentação. Ao mesmo tempo, a mãe deve ter ajuda para sentir-se tranquila e confiante no processo de amamentar. Contar com a ajuda e apoio positivo do companheiro e familiares são essenciais para uma amamentação tranquila e eficiente. São bem vindas ajudas com os cuidados que envolvem a casa, alimentação, compras de supermercado, reforços positivos e tudo que envolve o entorno, para que a mulher possa ter condições tranquilas de cuidar do bebê e de si e, assim, amamentar com tranquilidade.

Bico invertido

Ter o bico do seio voltado para dentro pode dificultar a pega. Nesses casos, o bebê não consegue sugar e puxa o seio com mais voracidade. A mãe, então, pode precisar de ajuda para conseguir “formar” o bico. O erro mais comum é recorrer deliberadamente, sem auxílio responsável de profissionais, às conchas e bicos de silicone, o que pode atrapalhar ainda mais o processo. invertida, com o pé virado para as minhas costas.

Nos primeiros dias, poderá ser mais difícil para o bebê manter a pega, mas é possível ajustar a postura, colocar o bebê bem próximo ao corpo da mãe e usar recursos e massagens.Mas, se a mulher ainda está grávida e acha que poderá ter dificuldade por conta do bico, por enquanto não há o que fazer. Assim que o bebê nascer, o contato precoce com o peito, logo após o parto, o estímulo constante da amamentação e fazer uma “prega” com a mão na mama são atitudes que podem ajudar o bebê a pegar corretamente o seio.

 

 

 

 

 

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