Assembleia aprova campanha pelo fim da violência contra mulheres

Será mais uma ferramenta de conscientização

A Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira, dia 13, a campanha estadual de 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. O projeto de lei das deputadas Cristina Silvestre (CDN), Luciana Rafagnin (PT), Cantora Mara Lima (PSC) e Maria Victória (PP) e dos deputados Professor Lemos (PT) e Luiz Claudio Romanelli (foto) busca reprimir a violência, além de lutar pelo direito à vida, à dignidade e cidadania das mulheres paranaenses. A campanha será realizada anualmente, entre 20 de novembro a 10 de dezembro, e vai integrar o calendário oficial de eventos do Paraná.

Os 16 dias de ativismo é uma campanha anual e internacional, onde diversos países do mundo, principalmente os integrantes da ONU (Organização das Nações Unidas), têm aderido. No Brasil, a campanha começa no Dia da Consciência Negra (20 de novembro) e termina no Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro).

O deputado Luiz Cláudio Romanelli lembra que a campanha traz como escopo o fim da violência contra as mulheres, um problema que está longe de ser resolvido, sem que haja campanhas de conscientização, políticas públicas de proteção à mulher e ações de prevenção. Romanelli cita dados do atlas da violência que aponta crescimento de homicídio de mulheres no Brasil em 2017.

O estudo mostra que 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil

Entre os anos de 2007 e 2017, os homicídios de mulheres no Brasil cresceram 30,7%. No caso das mulheres negras, os dados são alarmantes. “Enquanto a taxa de homicídio de mulheres não negras teve crescimento de 4,5% entre 2007 e 2017, a taxa de homicídios de mulheres negras cresceu 29,9%. Em números absolutos a diferença é ainda mais brutal, já que entre as não negras o crescimento é de 1,7 % e entre as mulheres negras, de 60,5%.”, aponta o Atlas da Violência 2019.

A campanha será uma ferramenta de conscientização e incentiva as denúncias de violência contra a mulher e punição aos agressores.

As comunidades em geral têm de tomar consciência de que, em casos de violência contra a mulher, o problema do vizinho é seu também, o que será possível após amplo debate com palestras, encontros e diversas discussões a respeito do tema

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