Osmar: Eleição de 2018 será a mais importante após redemocratização

Garante que não mudará de partido, critica Richa e “não renega passado”

Em entrevista exclusiva ao npdiario no início desta semana em seu escritório, no centro de Curitiba, o ex-senador por 16 anos Osmar Fernandes Dias (fotos) previu que as eleições do dia sete de outubro próximo serão as mais importantes do país desde a redemocratização em 1985, “haverá a oportunidade da mudança histórica no modo de fazer política, priorizando o desenvolvimento econômico sem esquecer a maior riqueza, que é a nossa gente, temos a oportunidade de investir na tecnologia e de dar um salto sério e responsável no futuro”, afirmou. Também criticou várias vezes o atual governador Beto Richa(PSDB), anunciou os principais eixo de suas propostas de governo(expressão que evitou e preferiu “Projetos de Estado”) e comentou sobre questões pontuais.

                                                         
Ao enfatizar a importância do pleito, o ex-secretário de Agricultura do Paraná destacou a ocasião para “melhorar e alavancar a geração de emprego e renda combatendo a corrupção” e evitando o que considera equívocos como o “loteamento de cargo” na estrutura governamental.
“Temos dois pré-candidatos que simbolizam a continuidade do governo (Cida Borghetti e Ratinho Junior) e eu me apresento como alternativa experiente; não se faz cursinho de gestão administrativa em seis meses”, cutucou.
Reafirmou ter já decidido permanecer no PDT, onde está há 17 anos, “mas espero contar com apoios do PRB, Podemos,PPS,PHS,PPL, entre outros”.Quando à surrada pergunta sobre a eventualidade de estar em palanques diferentes do irmão, senador Àlvaro Dias, sorriu, descartando a possibilidade.

Quanto ao PSB, sob cuja ótica teria o apoio, sinalizou ainda contar com o suporte mesmo com a legenda ter um  presidente (Severino Araújo), cuja postura política Osmar não aprova e rejeita publicamente.
Com o MDB considera praticamente certa a aliança, ” mas temos que respeitar o (Roberto)Requião que ainda pode ser candidato ao governo e também à reeleição ao Senado nos apoiando já no primeiro turno”, declarou, simultaneamente que admitiu que o deputado federal João Arruda, correligionário e sobrinho do senador, poderia ser seu vice, “embora haja outros nomes fortes como o do deputado Rubens Bueno(PPS), por exemplo, entre outros”, adicionou.

Condenou ações do tucano Beto Richa diversas vezes, como o início das obras de duplicação da BR-369, no Norte do estado.O pedetista classificou como “deboche, uma brincadeira, lançar a pedra fundamental de uma obra que teve mais de sete anos para fazer; caminhão não anda em pedra”, ironizou.
Não vai se submeter a “pedidinhos pulverizados” de lideranças que solicitariam cargos para efetivar apoios.E indicou que comissionados são importantes, desde que tenham qualificação profissional nos diversos segmentos.
“Não renego meu passado”, lascou, ao ser lembrado de que será atacado na campanha eleitoral por seu período ligado ao PT, ressaltando seu trabalho no Banco do Brasil como vice-presidente de agronegócios, quando conseguiu vários benefícios, “eu integrei um projeto e como a maioria fui enganado e estou indignado com a roubalheira”.

Além disso, afirmou que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, marido da vice-governadora Cida foi vice-líder da ex-presidente Dilma Rousseff(PT) e Ratinho Jr da base de Lula,”nem por isso nossas imagens podem ser depreciadas”, considerou.
Com mordacidade bem humorada,anunciou que, se perder o pleito, não ficará “na varanda de casa despejando desaforos contra os políticos pelo Whatsapp”.
Se eleito, pretende lançar Projetos de Estado em frentes como a agro-industilização, o respeito e incentivo às vocações regionais, a valorização do professor e evitará “promover antecipações de receitas tributárias”.

                                                 

Osmar Fernandes Dias nasceu em Quatá (SP) é casado,65 anos e foi criado em Maringá. Formado em Agronomia na atual UENP(Universidade Estadual do Norte do Paraná),campus de Bandeirantes, onde foi professor e diretor. Após ser gerente técnico da Fazenda Experimental da Cocamar, seu primeiro cargo público foi como presidente da Companhia Agropecuária de Fomento Econômico do Estado do Paraná, entre 1983 e 1986, no governo José Richa. Em seguida, foi Secretário da Agricultura do Paraná entre 1987 e 1994 na gestão dos governadores Álvaro Dias e Roberto Requião.
Em 1994 disputou seu primeiro cargo eletivo, sendo eleito Senador do Paraná pelo Partido Progressista. Filiou-se em seguida ao PSDB, chegando a ocupar a vice-liderança na Casa.

FOTOS E VÍDEO: VALDIR AMARAL/ESPECIAL PARA O NPDIARIO

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