Processo Seletivo do Hospital Regional do Norte Pioneiro não terá prova

Será por currículo e tempo de experiência do candidato 

Na tarde da última segunda-feira, dia 19, no salão do administrativo do Hospital Regional do Norte Pioneiro, de Santo Antônio da Platina, aconteceu importante e esperada reunião cujo objetivo principal foi anunciar o futuro dos 109 funcionários da unidade.O encontro teve presenças de alguns prefeitos, como Haggi Neto(MDB), de Cambará.

O primeiro a falar com os presentes foi o presidente da Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi) e prefeito de Ribeirão Claro, Mário Augusto Pereira (PSC) “que consigamos fazer a saúde do Norte Pioneiro e manter o emprego de vocês”.

                        

Em seguida fez uso da palavra o Presidente da Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná (Funeas), Carlos Lorga, que, a todo o momento, tentou passar aos presentes, uma segurança, descrevendo o papel da Funeas, como funciona, metas, e sistema organizacional. Mencionou que, atualmente, o Estado faz a gestão de 14 hospitais. Deste número mais da metade já foi passada para a Fundação que foi fundada em 2014 para fazer a gestão de hospitais vinculados à Secretaria Estadual de Saúde.

“Depois que o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte Pioneiro (Cisnorpi) e os prefeitos decidiram passar a gestão do hospital para a Secretaria esta teve a iniciativa de repassar para a Feneas, que começa a administrar a funcionalidade do Regional e, com ele, a partir de agora são sete hospitais no Paraná”, disse.

Ele ressaltou que “como já foi dito aqui é importante que o hospital não sofra nenhuma interrupção de continuidade de seu funcionamento, com relação ao prestar serviço à população. Daqui pra frente a intenção é ampliar com qualidade o atendimento indo de encontro ao que almejam os prefeitos, que é ter mais número de leitos, outras especialidades médicas e a funcionalidade, como está previsto, da Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”.

Sempre se dirigindo aos profissionais, como colaboradores, o advogado Carlos Lorga ressaltou que a primeira etapa de transição da gestão do Hospital Regional diz respeito à sua funcionalidade e, por questões de caráter legal “não podemos fugir de ter que abrir um processo de seleção pública, mas existe um capital humano que está aqui que adquiriu uma experiência, que adquiriu uma especificação e uma especialização no seu atendimento e isso será considerado no Edital, ou seja, por se tratar de procedimento público temos que obedecer alguns princípios que a administração pública impõe por razão da lei entre eles da impessoalidade, legalidade, moralidade por lidar com recurso público e não pode ser diferente com relação ao quadro pessoal, mas há características que precisam ser respeitadas como o tempo de trabalho e o trabalho dentro de ambiente hospitalar, além das especificações técnicas com respeito à produção de cada um”, esclareceu.

O processo de seleção será publicado provavelmente nesta quarta-feira, 21, ou na quinta-feira, 22. “Peço atenção de todos para a observância deste edital. Deixo bem claro que não vai haver prova, mas o processo de seleção com base no currículo, na experiência e também no tempo de experiência das pessoas que serão candidatas a  essas vagas”.

        

O advogado pediu muita atenção na leitura do Edital e que cada profissional formule seus currículos e apresentem os documentos comprobatórios. Aqueles que têm experiência de alguns anos no Regional e não há documento que comprove que sigam a orientação da direção administrativa e solicitem a comprovação do serviço. “Tudo isso vai ser considerado, como oportunidade dos pretendentes”, disse ele.

Carlos lembrou que a administração do Regional pelo Cisnorpi, consequentemente, tendo as prefeituras como responsáveis por repasses, proporcionou um peso para as prefeituras.

“O processo de seleção não é um bicho de sete cabeças. Peço atenção, se orientem, conversem entre vocês no sentido de cumprir as exigências solicitadas de documentos. Esse primeiro processo seletivo corresponde a 180 dias e prorrogáveis para mais 180 dias. Então, com este primeiro ciclo de 180, há possibilidade de fazer um trabalho de boas perspectivas”. Ele ainda lembrou-se do ano eleitoral. “É muito pouco provável em ano de característica eleitoral, que a gente consiga a publicação do edital definitivo do concurso público da Funeas. A perspectiva que eu tenho hoje é de 75 a 80%, então há um tempo suficientemente, razoável, para as pessoas se prepararem, analisarem, definirem a sua intenção de serem colaboradores definitivos da Fundação, quer dizer, participando de concurso público. Então neste primeiro momento, não será prova, mas será por currículo e que os documentos comprovem, para isso, anexar os documentos e apresentar. Se houver empate, entre os candidatos, vai ser levado em conta o tempo de experiência do candidato, então este será o critério de desempate”, explicou o advogado.

Em nome da Fundação, Lorga assinalou que “temos uma boa experiência para isso. Estamos também finalizando uma contratação de ampliação de serviço para outras unidades, que corresponde a 543 vagas para hospital de reabilitação em Curitiba, hospital em Paranaguá, hospital em Guaraqueçaba e um hospital regional do Sudoeste. E numa outra etapa será a contratação para um hospital infantil”.

E completou: “o termo de aditivo do contrato de gestão já foi assinado pelo Secretário Estadual na visita dos prefeitos em Curitiba no dia 14 e publicado no diário oficial”. Lembrou que “este documento tem um anexo: “Plano Proativo”. Foi desenvolvido com a Fundação e a direção do hospital. Esse documento é uma via mestra e traduz qual é o perfil que a Funeas vai ter que entregar à Secretaria, consequentemente, para a população que utiliza este serviço”. E deixou bem claro que “não existe qualquer mudança ao perfil do serviço do hospital”.

Quanto ao pagamento dos colaboradores o prefeito Mário Pereira afirmou que “fizemos uma reunião anterior e os municípios vão arcar com a quitação dos valores a serem pagos, das indenizações. Foi passado o custo para o Cisnorpi que vai fazer os acertos com cada um de vocês, através de recursos das prefeituras”.

Foi mencionado na reunião que um valor da dívida do Regional é de R$ 700 mil. E, outra, de mais ou menos 1 milhão e oitocentos mil, que municípios estão se preparando para pagar.

Ao tirar dúvidas de alguns profissionais do Hospital Regional, o advogado destacou que o objetivo é mesmo de “melhorar o serviço e um gerenciamento em todos os setores de funcionalidade e, também, dos médicos, com novas especialidades e experiências. A grande maioria vai continuar trabalhando aqui no hospital pela experiência e o processo de gerenciamento é irreversível, não tem volta mais”.

A Fundação Funeas ainda tirou outras dúvidas de funcionários. O enfermeiro Rodrigo lembrou que há enfermeiros que trabalham há 10 anos como enfermeiros de maternidade e não são especialistas em obstetrícia, por exemplo, e, sem documentação que comprove a experiência, perderiam espaço de preferência de contrato. Diante desta colocação, a fundação sugeriu que os colaboradores procurassem o conselho de enfermagem e o setor de controle do hospital para que uma referência seja acrescentada no currículo especificando o tempo de serviço e a experiência adquirida durante o período de trabalho, sendo registrado e que isso será levado em conta.

O prefeito de Jacarezinho, Sérgio Eduardo Emygdio de Faria (DEM) também fez uso da palavra lembrando que “toda a mudança e transição tem seus problemas, mas os prefeitos estão aqui com a parceria da regional da saúde e a Funeas para que tudo transcorra da melhor maneira possível. Esperamos o empenho de todos no atendimento de qualidade e lembremos que o Regional é referencia de qualidade”.

A diretora-geral do Regional, Fátima Isac, disse aprovar “a condução da migração para a estadualização de forma equilibrada e tranquila”.

REPORTAGEM: FÁBIO GALHARDI/ESPECIAL PARA O NPDIARIO

Você terminou a leitura
Compartilhar essa notícia
Escrever um comentário

Últimas notícias

Pesquisar

Digite abaixo o que deseja encontrar e clique em pesquisar.