Ele tinha fugido durante julgamento
A Polícia Militar de Carlópolis cumpriu mandado de prisão, na manhã desta terça-feira, dia 21, em desfavor de Tito da Silva Camargo (foto), de 37 anos.Ele se encontrava no local de trabalho situado no Clube do Laço “CTG Toninho Paraná” e de pronto acompanhou a equipe até a delegacia de Polícia Civil para os procedimentos.
O homem era considerado foragido.Cometeu fraticídio. Tito foi condenado a 16 anos e oito meses de prisão, inicialmente em regime fechado. O homicídio foi simples, mas a pena foi aumentada pelo fato de ter sido praticado contra o próprio irmão. O Código Penal Brasileiro considera crimes cometidos contra familiares um agravante.
No dia 13 de janeiro de 2013, no quintal de uma residência localizada no bairro Cachoeira, em Araucária(região metropolitana de Curitiba), Tito matou seu irmão Enéas da Silva Camargo, por motivo fútil com três disparos de arma de fogo na cabeça da vítima.
Inicialmente, o que foi dito pela família, é que a briga teria sido iniciada por causa de um cachorro. Porém, dias depois, ficou esclarecido que os dois teriam brigado por causa da esposa de Tito.
No começo das investigações, relatos apontaram o que teria acontecido naquele fim de tarde. A esposa de Tito teria amarrado um cachorro na porta da casa e momentos depois, o filho deles, de cinco anos, aproximou-se do animal, que teria começado a avançar. A esposa, então, gritou: “Enéas, socorro, o cão vai pegar o menino!”. Nesse momento, a vítima teria saído da casa do irmão e corrido para pegar o cachorro. Na sequência, a mulher novamente gritou: “Ele vai matar o cachorro!”. Em seguida, o pai dos irmãos somente ouviu disparos de arma de fogo e quando foi até o quintal, deparou-se com Enéas caído no chão.
Tito fugiu com a esposa, os filhos e o cachorro em uma caminhonete com a ajuda de um amigo. No dia seguinte, o pai, revoltado com a situação, queimou os pertences da nora.
Alguns meses após o ocorrido, surgiram boatos de que a vítima teria um suposto relacionamento amoroso com a esposa do autor do crime. Porém, a versão foi desmentida pelos pais dos dois. Entretanto, tal versão foi apresentada pela Delegacia de Araucária após ouvir familiares e a investigação da DP passou a trabalhar com esta hipótese. A suspeita era de que Enéas, que morava na casa do lado, dava em cima da mulher de Tito e quando ele pulou para o quintal do irmão, disseram que o cachorro avançou na realidade nele e ele foi segurar o animal. A criança não teria nada ver com o fato.
Acusado de homicídio qualificado, Tito, foi julgado em junho deste ano, mas, algo inesperado aconteceu pouco antes da sentença ser proferida. É que, enquanto o Conselho de Sentença, formado pelos sete jurados, estava reunido para votar na condenação ou absolvição de Tito, o réu fugiu do próprio julgamento.
Tito estava respondendo ao processo em liberdade e por isso não estava algemado e nem sob escolta policial. Por isso, no momento em que o salão do júri foi esvaziado para que os jurados pudessem fazer seus votos, o criminoso foi autorizado a esperar, junto com as demais pessoas que acompanhavam o júri popular, do lado de fora do salão.
Tão logo os jurados concluíram seus votos e o juiz, com base na decisão do júri popular, calculou o tempo de pena que o homicida teria que cumprir, o magistrado pediu para que todos voltassem ao salão para proferir a sentença. Todos voltaram, exceto o réu, que se evadiu a pé.